28/12/2010

Iniciativa - Magazines RTP 2 - Multimédia RTP

Iniciativa - Magazines RTP 2 - Multimédia RTP

Visite as Marinhas do Sal

As salinas naturais de Rio Maior, as chamadas Marinhas de Sal, encontram-se em pleno sopé da Serra dos Candeeiros situadas a 3 km da sede de concelho constituem uma das principais referências da localidade e são um orgulho para Rio Maior, por serem as únicas do género no mundo ainda em exploração. Estas salinas estão consideradas como Imóvel de Interesse Público, no contexto do Património Cultural Português. Rodeadas de arvoredo e terras de cultivo, as Marinhas de Sal apresentam-se como uma minúscula aldeia de ruas de pedra e casas de madeira, onde se destacam uns peculiares tanques de formas e dimensões irregulares, que a partir da Primavera se enchem de água salgada e dão origem a uma perfeição da natureza.
Há referências às salinas de Rio Maior desde 1177, em documentos escritos que são aliás os mais antigos sobre Rio Maior. Em 1177, Pero d’Aragão e a sua mulher Sancha Soares terão vendido uma parte do poço e das Salinas à Ordem dos Templários. Essa Ordem fez a compra e depois deverá ter doado a outras pessoas das aldeias em redor. A partir daí as Salinas têm passado de geração em geração. É uma propriedade que tem 22 mil metros quadrados, e tem cerca de 90 proprietários.
Sabe-se também que D. Afonso V era proprietário de cinco talhos nas salinas de Rio Maior no século XV, e que recebia um quarto de toda a produção, tendo o monopólio da sua venda. A importância económica das salinas para a região, está bem vincada nas duas pirâmides de sal retratadas no Brasão da cidade de Rio Maior.
Estas salinas são únicas no país e são fruto de uma maravilha da natureza. A água salgada provém de uma extensa e profunda mina de sal-gema, que é atravessada por uma corrente subterrânea de água doce, que se torna depois salgada. Trata-se de sal puro (99% de cloreto de sódio), que é recolhido nos talhos pelos salineiros. O poço tem 9 metros de profundidade e 3,75 de diâmetro.
A água desta nascente é sete vezes mais salgada que a água do mar, e era retirada com a ajuda de duas enormes Picotas ou "Cegonhas" há bem pouco tempo. Estes engenhos são um legado árabe com certeza, pois foram estes que os introduziram na Europa. Aliás, é de crer que os romanos, e depois os árabes, tenham explorado em grande escala estas salinas.
O trabalho nas salinas é sazonal, ocorrendo apenas durante a época estival, altura em que os habitantes das redondezas descem a encosta da Serra dos Candeeiros, para a milenar labuta do «sal sem mar». Aqui podem ser apreciadas as pirâmides de sal e todo o conjunto de casas típicas de madeira, que fazem das salinas naturais um museu vivo com mais de oitocentos anos de história. Recomenda-se a sua visita.
Nas Marinhas de Sal, o trabalho é idêntico ao que se faz à beira-mar. Mas é diferente o ambiente campestre e as casinhas de madeira em redor. Diferente é também o próprio estilo dos salineiros e, claro, o poço que vemos ao centro, junto ao qual está ainda colocada, simbolicamente, duas picotas. Actualmente, é retirada com a ajuda de um motor e colocada, numa primeira fase, em concentradores, depósitos através dos quais a água vai evaporando. Daí segue para os talhos, onde repousa durante alguns dias em que se começa a formar a Flor de Sal, até evaporar por completo. Forma-se então no local um autêntico manto branco. O sal está pronto para ser colocado, em forma de pirâmide, nas chamadas eiras, onde fica a secar durante 60 horas. Por fim, é recolhido, embalado e comercializado.

23/12/2010

Bem-Vindos à Loja do Sal

A partir de hoje todos os nossos clientes e visitantes passam a ter um espaço online que apresenta os nossos produtos. Para além disso um espaço que fala das salinas, de projectos, de parcerias e de ideias para o futuro das mesmas.
Bem hajam. Luís Lopes